segunda-feira, 5 de agosto de 2019

E se NÃO usássemos bens como garantia na concessão de crédito?



Já fiz previsões utópicas para o mercado de crédito no passado, hoje são realidade, de tempos há uma nova visão de futuro que muitas vezes guardamos pra si e se transformam em realidade, há um livro que fala sobre isso: "Superprevisões: A arte e a ciência de antecipar o futuro" antes de falar de previsões quero colocá-lo na mesma página sobre 2 tipos de produtos de crédito. 

Crédito SEM garantia 

É o dinheiro que você pega emprestado e não oferta nenhuma garantia real que irá devolver exemplo: Cartão de Crédito, Cheque Especial, Empréstimo pessoal, são créditos que não há uma garantia de pagamento por isso a inadimplência desses produtos é alta e seus juros são obscenos.

Crédito COM garantia

Nesse tipo de produto há uma garantia que permite ao analista de crédito entender que há maior possibilidade de pagamento ou uso da garantia para cobrir eventuais inadimplências. 

Exemplo: Consignado, Crédito com Garantia Imobiliária ou automobilístico, garantia de máquinas, terrenos, recebíveis futuros, ou aplicações. Em resumo você demonstra ou entrega uma garantia de valor que sustenta a quitação em caso de inadimplência.

Veja que todas as garantias são bens tangíveis, como analista crédito entendo que além de bens há serviços que podem ser usados como garantia de quitação de débitos, se é pra pensar fora da caixa mãos a obra.

Você lembra aquela velha forma de quando não tem dinheiro pra pagar o consumo do restaurante se oferecer pra lavar pratos? Pois bem, e se a concessão de crédito pudesse se inspirar no mesmo onde a garantia seria contraprestação de serviços para honrar eventuais inadimplências?.






O cliente que ficar inadimplente pode prestar serviços para honrar seus compromissos em contra partida. Atualmente as empresas de concessão tem a necessidade de serviços e pagam por eles como: limpeza, manutenção, serviços gerais, entrega, atendimento, pesquisa e muitas outras frentes que custam a elas grande valor monetário, não só a empresa que concede crédito mas seus demais clientes.

Calma vamos digerir esse processo melhor, para viabilizar tal cenário seria necessário um passo antes, a empresa deverá apostar em uma plataforma que una profissionais em várias áreas de conhecimento, uma plataforma que permita aos clientes de quem concede crédito a prestarem serviços entre si (sapateiro, pedreiro, eletricista, confeiteiro etc...).

Algo que auxilia na geração de valores para que a própria fonte de empréstimo receba seu montante de volta, o processo consiste em ter uma garantia baseado na habilidade do inadimplente prestar serviços de qualidade a ponto de ser contratado na plataforma por outros prestadores, todo processo de pagamentos e recebimentos será gerenciado pela instituição que concedeu o crédito, assim quando contratado o mesmo deverá prestar serviços ao contratante e do valor a receber poderá ser abatida parte da dívida.

Exemplo: Prestador de serviços A (costureira), está cadastrada na plataforma e presta serviços através dela. Avaliado o comportamento de prestação de serviços a instituição pode conceder crédito ao cliente A pois entende que o mesmo poderá pagar devido ao ritmo dos serviços que presta.

Caso o cliente A venha a inadimplir o empréstimo, na próxima prestação de serviço de serviço poderá ter sua dívida abatida, pois o cliente A poderá prestar serviços para o cliente B (metalúrgico) e quando o cliente B pagar através da plataforma a instituição financeira poderá recolher parte desse pagamento para reduzir a inadimplência do cliente A.

Esse tipo de garantia permite a clientes encontrarem crédito a taxas mais competitivas pois há como o analista avaliar sua capacidade de gerar receita através de sua prestação de serviços.

Vale lembrar que essa é uma das muitas formas de usar serviços como garantia, iniciativas que permitem a ampliar a forma como avaliamos a concessão permitindo atendimento a clientes desassistidos de crédito.












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